segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Atividade com a televisão para o Pré-Escolar

          1. Em grupo, decidimos escolher o filme “Frozen – o Reino do Gelo”, adequando-a assim ao pré-escolar, com idades compreendidas entre os 3 e 6 anos. 
           2. Este filme estreou em novembro de 2013, e conta a história de duas irmãs, Elsa e Anna. Elsa com os seus poderes mágicos consegue criar gelo, um dia sem intenção atinge a sua irmã Anna, levando assim a que os seus pais mandem isolar o reino, para que assim Elsa consiga controlar os seus poderes. As irmãs afastam-se, e após a morte dos seus pais, Elsa, aos 21 anos, é coroada rainha. Neste acontecimento, Elsa descontrola-se, devido a uma pequena discussão com a irmã, e os seus poderes ficam incontroláveis, atingindo assim todo o reino, ficando este gelado. Elsa foge, e Anna parte para à procura da sua irmã, para que ela resolva o que fez. Anna vive várias aventuras enquanto procura a irmã, com a ajuda de Kristoff, da sua rena Sven e de um boneco de neve Olaf, que a ajudam a chegar ao palácio de Elsa construiu. Quando as duas irmãs se reencontram, Anna insiste para que a sua irmã regresse ao reino, mas Elsa volta a descontrolar-se e com os seus poderes volta a atingir Anna, mas desta vez no coração, sendo que a sua única salvação será “um ato de amor eterno”. Anna volta assim para o seu reino, esperando que a sua salvação seja o jovem que conheceu no dia da coroação, Hans. Anna, ao chegar ao reino, percebe assim que Hans não gosta dela, e que só quer ser o rei do seu reino. Esta consegue assim escapar de Hans, e é salva no final pela sua irmã, que regressa do seu palácio de gelo. 
           3. As potencialidades encontradas nas “Orientações curriculares para a Educação Pré-escolar” foram:
                • Desenvolvimento da linguagem; 
        “Qualquer que seja o domínio do português oral com que as crianças chegam à educação pré-escolar, as suas capacidades de compreensão e produção linguística deverão ser progressivamente alargadas, através das interações com o/a educador/a, com as outras crianças e com outros adultos.” (Silva, Marques, Mata, & Rosa, 2016, p. 64)
                • Conhecimento da estrutura da Língua Portuguesa; 
        “Este conhecimento das crianças mobilizado na utilização de muitas palavras, na construção de um vocabulário alargado, na compreensão de questões, ordens, mensagens, conversas, etc., centra-se essencialmente no significado da mensagem oral, e constrói-se, muitas vezes, de forma natural. Quando as crianças apresentam algum domínio dos aspetos associados à comunicação, vão também, paralelamente, começando a desenvolver uma outra vertente, relacionada com a tomada de consciência sobre a forma como a língua se estrutura e organiza, ou seja, a tomar consciência dos seus aspetos formais (consciência linguística). Começam assim a tomar a língua como objeto de reflexão, apercebendo-se gradualmente dos vários elementos que a constituem, das suas relações, de convenções a eles associados, de regularidades e /ou irregularidades e das suas especificidades.” (Silva, Marques, Mata, & Rosa, 2016, p. 65) 
                • Desenvolver a comunicação oral espontânea e livre acabando com a timidez e a insegurança; 
         “Esta vertente discursiva da linguagem oral é uma competência central nesta faixa etária devido à sua transversalidade, não só para o desenvolvimento de competências sociais, mas para as trocas e apropriação de informação necessárias às aprendizagens em outras áreas do saber.” (Silva, Marques, Mata, & Rosa, 2016, p. 66) 
                • Desenvolver a consciência fonológica; 
         “Esta consciência vai-se desenvolvendo, permitindo à criança uma capacidade crescente para a manipulação (identificação, síntese, análise, supressão) de elementos fonológicos cada vez mais pequenos.(…) A consciência fonológica está também relacionada com a aprendizagem da leitura, podendo considerar-se que esta relação é recíproca e interativa, pois tanto a capacidade de análise do oral é importante para o processo de codificação da escrita, como este processo promove o desenvolvimento de níveis de análise fonológica cada vez mais elaborados.” (Silva, Marques, Mata, & Rosa, 2016, p. 68) 
                 • Iniciar o contacto com a escrita e desenvolver o conhecimento pela mesma; 
         “O contacto com diferentes tipos de texto manuscrito e impresso (narrativas, listagens, descrições, informações, etc.), o reconhecimento de diferentes formas que correspondem a letras, a identificação de algumas palavras ou de pequenas frases permitem uma apropriação gradual da especificidade da escrita não só ao nível das suas convenções como da sua utilidade.” (Silva, Marques, Mata, & Rosa, 2016, p. 70) 
           4. As atividades escolhidas para trabalhar o filme em questão, tem de ser algo mais prático, do que qualquer atividade que se desenvolva com crianças mais velhas. A primeira atividade programada, seria, em momento de grande grupo, as crianças, uma a uma, dizerem algum acontecimento da vida delas, que se tenham sentido felizes, assustadas, com medo, levando a responder da seguinte forma: “ eu sinto-me feliz quando…”/”eu assusto-me com…”, trabalhando assim com as crianças várias emoções, tentando depois encontrar alturas do filme em que as personagens tenham tido emoções, idênticas à da criança. A segunda actividade seria um pequeno teatro relacionado com o filme escolhido, onde cada criança teria no máximo três falas, desenvolvendo a comunicação oral e o carisma de cada criança. Nesta actividade as crianças estariam em contacto também com a escrita na elaboração de um guião feito pela docente com a ajuda e as ideias do grupo de pré-escolar. 


 Bibliografia 

Silva, I. L., Marques, L., Mata, L., & Rosa, M. (2016). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação (DGE).

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